Geoge Harrison era o Beatles que eu mais simpatizava, talvez por sua simplicidade e sua simpatia pelo hinduismo. E é com alegria que coloco em meu blog esta homenagem.
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
Crônicas escritas por mim - Um sonho desagradável
Quando eu era criança. E quando, acho eu, estava com febre. Por algum motivo, sonhava com umas bolas coloridas de diversos tamanhos e todas flutuando. As maiores iam engolindo as bolas menores. Com o resultado dessa associação iam ficando maiores ainda. Aquele sonho me fazia tão mal, que a impressão que tenho é que tentava sair correndo pro banheiro, mas não saía do lugar. Papai acordava, porque quando sonhava com isso, estava sempre dormindo com eles na cama. Por isso tenho a impressão de que tinha febre. Então ele falava: o que foi meu filho, que foi meu filhinho. Deita aqui. Deita aqui juntinho de papai. Eu então deitava. Ele ficava me acariciando e cantando algumas cantigas de ninar. Bem baixinho. Eu adormecia de novo. Mas nunca mais me esquecia do que tinha sonhado. E não gostava daquele sonho. Foram pelo menos duas ou três vezes durante a infância que eu havia sonhado exatamente com aquele mesmo sonho. Tenho a impressão que já associava aquele sonho com as camadas sociais.
Um desenho a lapis de cor de Carlos Ângelo
Vídeo - Asteroid, Android - De Vitor Araujo, um senhor pianista
Vitor Araújo é um bom pianista, além disso é irreverente e inovador. Eu adoro esta audácia.
domingo, 21 de dezembro de 2008
Uma crônica do que eu penso de uma passagem da minha infância
Comecei a pensar, então, num carrinho de criança, que minha mãe tinha para que me movimentasse, quando e onde ela quisesse. Todo de ferro e pintado de vermelho. Na parte de trás da cadeirinha de lona, tinha o gancho único pelo qual se era empurrado. A criança ficava sentada ao rés do chão e com os pés apoiados em dois suportes, na posição de um piloto de fórmula um. . O engraçado é que eu nunca me lembro dela me conduzindo. Só meu irmão, o maiorzinho do que eu. Este, por sinal me adorava, e me adora. Devia sair me empurrando no carrinho e perguntando a todos se já teriam visto como eu era bonitinho e que criança mais boazinha. Fora as corridas apavorantes que dava e os ziguezagues que fazia, e os finos do meio fio, e todo tipo de brincadeira que uma criança, inteligente, seja capaz de fazer e ter o prazer de ver, seu ser querido e dependente, apavorado, até para poder salvá-lo, do que nunca aconteceu.
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